sábado, 5 de fevereiro de 2011

Tenho poderes, posso voar!

Para que servem as coisas que não podemos ter? Talvez seja a carência afetiva, pode até parecer bobo o que vou confessar, mas é o que acontece comigo e queria compartilhar. Andei lendo o blog de um amigo, e parando para refletir vou fazer uma replica dedicada a ele. ( http://podeinteressar.blogspot.com/ )
Outro dia fiz uma coisa que há muito tempo não fazia. Fui me deitar e me veio à imagem sem face de uma garota, não que não tivesse, mas em alguns momentos só o que via era o embaçar de traços sensíveis, por mais que eu quisesse não conseguia tirar ela da mente. Insanidade, mas enquanto descrevo isso dou risada sozinho do que a falta de uma pessoa nos acarreta a fazer. Comecei a imaginar coisas para conquistar ela, de uma musica que ouvia virei cantor, show seguido de uma pequena decepção, pois por mais que tivesse alcançado o melhor dos tons na melhor canção parecia que ela não ligava. Desliguei o mp3, me virei logo me veio à imagem de um lugar magnífico, indescritivelmente empolgante e naturalmente fascinante. Sentado numa ponte, numa aurora meio que rosada ou um pouco esverdeada, fixo no lugar só conseguia olhar para frente, parecia que o cenário acabava aonde a lateral do meu olhar começava. O impressionante é que eu não fazia idéia do que estava acontecendo, eu me desliguei do meu corpo físico e me transportei pra o paraíso. Meu pensar já tinha se transformado em realidade, naquele momento isso me confundia algo real ou indiferentemente algo imaginário de momento. Eu me levantei na ponte, sobre meus pés carpas de cores primarias, ao observá-las percebi minha mão esquentar e ser bruscamente agarrada por outra, e o que só parecia algo confuso foi suavemente explicado. Ao meu lado aquela que há alguns meses não tive noticia, não posso dizer quem seria ela, pois, por motivos pessoais nunca me declarei a ela e não vai ser nesse momento que vou fazer isso. Prosseguindo, ela me disse algo como “Você tem força, faça o que tem que fazer!”. Naquele momento meus pés saíram do chão, me senti como um super-herói e comecei a me direcionar em direção ao sol e me projetando comecei a voar e o incrível não era a mágica reluzente de sentir o que todos sonham em fazer, voar, era só a presença dela naquele momento, e seu sorriso marcante. Quando acordei, era quarta-feira, um dia antes eu tinha visto ela, comecei a tentar entender o que tinha acontecido naquele sonho, e a explicação é básica, sem essa menina não consigo viver bem, não tenho forças para seguir tentando mudar, ela me da forças, posso me tornar qualquer coisa que eu queira quando estou ao seu lado, e vôo para onde for só pra conseguir 1 segundo com ela! Mas sem forças prossigo somente com a idéia de ter-la comigo, dela não tenho muitas noticias e dês da ultima vez que nós conversamos ainda guarda a sensação de paz, de alegria que era estar presenciando a perfeição do ser humano.
As coisas que não podemos ter são apenas cargas de incentivo para nos motivar a tentar conquistá-las.

Um comentário:

  1. Olha também e confesso que me senti fraca diante desse "devaneio" mas eu acho que é assim que os romancistas criam belas estorias, mas como eu comentei no blog de uma amiga, o importante é sentir algo, melhor que não sentir nada e viver sem uma razão, nem q essa razão seja sonhar.

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